Os estudantes que estavam concentrados no terminal da Atalaia se dirigiram ao auditório logo após serem avisados por um segundo grupo que o ministro havia chegado ao local e que a entrada ao auditório era liberada para todos. Entretanto, quando o grupo maior, de forma pacífica e calma, chegou ao hotel, a segurança impediu que os estudantes entrassem no auditório, mesmo aqueles com credenciais. Infelizmente, a entrada de todos os estudantes só foi viabilizada através de algum desgaste verbal com a segurança e do uso de palavras de ordem.
Após a entrada, os estudantes dirigiram-se ao corredor central do auditório e sentaram-se no mesmo na área próxima às primeiras filas. Seguindo a metodologia definida em plenária anterior e confirmada no terminal, quando o ministro foi convidado a falar, os estudantes proclamaram palavras de ordem, pedindo o direito a uma fala. O governador propôs que houvesse uma reunião particular entre o ministro e uma comissão dos alunos. Porém, a intenção e a metodologia da manifestação não era apenas uma conversa com o ministro, mas também com todos os presentes no momento, a fim de expor os problemas atuais da UFS. O ministro parecia disposto a atender os estudantes, mas infelizmente antes disso o governador de Sergipe, Marcelo Déda, autorizou a retirada dos estudantes com o uso da violência.
Como resultado dessa ação, a segurança e a polícia militar retiraram à força os estudantes do auditório. Vários saíram machucados dessa medida totalmente autoritária do governador, sendo que um estudante foi socorrido pela SAMUe levado para o Hospital João Alves com sangramento interno. Déda parece que esqueceu que um dia também fez parte do movimento estudantil e fora tratado com violência pela polícia da época.
Um de nossos colegas fez um vídeo no momento que os estudantes eram agredidos pela segurança e pela polícia:
Diante de tal medida, restaram-se questionamentos: que tipo de "governo de todos" reprime uma manifestação pacífica do movimento estudantil? A concepção de democracia do governador é que eles podem falar e nós não? Tudo que queríamos era uma fala. Ao invés disso, fomos retirados com truculência do auditório.
quinta-feira, 26 de julho de 2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário