quinta-feira, 26 de julho de 2007

Relato do Protesto na vinda do Ministro

Os estudantes que estavam concentrados no terminal da Atalaia se dirigiram ao auditório logo após serem avisados por um segundo grupo que o ministro havia chegado ao local e que a entrada ao auditório era liberada para todos. Entretanto, quando o grupo maior, de forma pacífica e calma, chegou ao hotel, a segurança impediu que os estudantes entrassem no auditório, mesmo aqueles com credenciais. Infelizmente, a entrada de todos os estudantes só foi viabilizada através de algum desgaste verbal com a segurança e do uso de palavras de ordem.

Após a entrada, os estudantes dirigiram-se ao corredor central do auditório e sentaram-se no mesmo na área próxima às primeiras filas. Seguindo a metodologia definida em plenária anterior e confirmada no terminal, quando o ministro foi convidado a falar, os estudantes proclamaram palavras de ordem, pedindo o direito a uma fala. O governador propôs que houvesse uma reunião particular entre o ministro e uma comissão dos alunos. Porém, a intenção e a metodologia da manifestação não era apenas uma conversa com o ministro, mas também com todos os presentes no momento, a fim de expor os problemas atuais da UFS. O ministro parecia disposto a atender os estudantes, mas infelizmente antes disso o governador de Sergipe, Marcelo Déda, autorizou a retirada dos estudantes com o uso da violência.

Como resultado dessa ação, a segurança e a polícia militar retiraram à força os estudantes do auditório. Vários saíram machucados dessa medida totalmente autoritária do governador, sendo que um estudante foi socorrido pela SAMUe levado para o Hospital João Alves com sangramento interno. Déda parece que esqueceu que um dia também fez parte do movimento estudantil e fora tratado com violência pela polícia da época.

Um de nossos colegas fez um vídeo no momento que os estudantes eram agredidos pela segurança e pela polícia:


Diante de tal medida, restaram-se questionamentos: que tipo de "governo de todos" reprime uma manifestação pacífica do movimento estudantil? A concepção de democracia do governador é que eles podem falar e nós não? Tudo que queríamos era uma fala. Ao invés disso, fomos retirados com truculência do auditório.

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